sábado, 1 de setembro de 2007

Os jovens e o mercado de trabalho
Duas pesquisas, duas realidades. Mais de metade dos jovens brasileiros estão desempregados, mas ainda assim mostram otimismo; os jovens norte-americanos têm empregos à disposição, e claro, só podiam estar também otimistas.
No Brasil, apenas 36% dos jovens entre 15 e 24 anos têm emprego, outros 22% já trabalharam mas estão desempregados atualmente; na média, os jovens demoram 15 meses para conseguir o primeiro emprego ou uma nova ocupação, nas regiões metropolitanas. No total, 66% deles precisam trabalhar porque todo o seu ganho, ou parte dele, complementa a renda familiar.
A pesquisa do mercado brasileiro foi feita pela Fundação Perseu Abramo, em nove regiões metropolitanas do país, e publicada no dia 24 de maio no jornal Valor Econômico


O jovem no Brasil
Vamos ver do lado brasileiro o que os números mostram em relação aos jovens no mercado de trabalho.
A remuneração mensal - A remuneração é o principal item de satisfação dos jovens que trabalham: 17% deles dizem que a remuneração mensal é o fator número um de satisfação. A distribuição percentual, conforme a remuneração, é a seguinte:
27% - entre 1 e 2 salários mínimos 26% - até 1 salário mínimo 24% - entre 2 e 3 salários mínimos 19% - mais de 3 salários mínimos 3% - não responderam 1% - não é remunerado
O destino do salário57% - Parte do que ganham entra no orçamento familiar 30% - Ganham só para si 9% - Tudo o que ganham entram no orçamento familiar 3% - Não responderam
A jornada de trabalho34% - 8 horas 14% - 6 horas 13% - de 1 a 5 horas 13% - 11 horas ou mais 10% - 10 horas 9% - 9 horas 6% - 7 horas 2% - outras respostas/não responderam
O tempo atrás do emprego34% - até seis meses 25% - de seis meses a 1 ano 22% - mais de 2 anos 14% - de 1 ano até 2 anos 6% - não responderam


Jovens brasileiros com formação têm mais sucesso
Para os jovens que têm alguma ocupação ou profissão, a realidade é menos dura: embora somente 41% tenham sido absorvidos pelo mercado formal de trabalho, 82% do universo estão de alguma forma trabalhando e conseguindo remuneração mensal fixa ou variável. Segundo a pesquisa, para 79% dos 1.806 jovens entrevistados, apenas ter um emprego já é motivo de satisfação. Vejamos a distribuição dos entrevistados de acordo com o vínculo empregatício:
37% não têm carteira assinada 15% têm carteira assinada 15% trabalham por conta própria em ocupação temporária 5% estão em outras situações3% trabalham por conta própria em ocupação regular 2% são universitários e trabalham como autônomos 2% são funcionários públicos
2% trabalham para a própria família, sem remuneração fixa 1% é de estagiários

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